Espaço das profissões itinerante

Estudantes da região da Chapada dos Veadeiros conhecem a UFG

Em 25/10/24 12:12.

Edição especial do Espaço das Profissões Itinerante promove imersão de alunos do interior

Espaço das profissões itinerante
A Prograd e todas as unidades acadêmicas da UFG se mobilizaram para realizar o evento

 

Texto: Carolina Melo e Eduardo Bandeira

Fotos: Carlos Siqueira e Carolina Melo

Escolher um curso de graduação é um passo decisivo na vida acadêmica. Por isso, conhecer o ambiente universitário e explorar suas possibilidades é essencial nesse processo. Com isso em mente, na terça-feira (22/10), foi realizado o Espaço das Profissões Itinerante UFG 2024 (EP UFG), onde estudantes da educação básica da região da Chapada dos Veadeiros tiveram a oportunidade de conhecer a Universidade Federal de Goiás (UFG). Acesse aqui o álbum de fotos do Espaço das Profissões Itinerante da UFG.

Mais de duzentos estudantes vieram para Goiânia por meio de uma parceria entre a UFG e a Secretaria de Estado da Educação (Seduc/GO), como parte da etapa de Turismo Educacional da Olimpíada de Humanidades de 2024. No período da manhã, o grupo esteve no Câmpus Colemar Natal e Silva e na parte da tarde, tiveram a oportunidade de conhecer as instalações do Câmpus Samambaia. Os adolescentes das dez escolas públicas dos sete municípios do entorno da Chapada dos Veadeiros conheceram os Restaurantes Universitários (RUs), as bibliotecas, o Centro Cultural da UFG, o Museu Antropológico, Parque das Humanidades, Parque da Ciência e se dividiram em rotas específicas para conhecer as unidades acadêmicas a partir dos seus interesses individuais.

O estudante Rayan Fernandes Rosa, de 16 anos, do Colégio Estadual Elias Jorge Cheim, do município de Cavalcante, por exemplo, escolheu a rota de visitas aos cursos da área da Saúde. O seu interesse é pela Medicina. “Essa é uma oportunidade para eu conhecer os horários da faculdade, poder conhecer os professores, e também outras culturas”, disse. Já Sabrine Fernandes de Aquino, de 18 anos, do Colégio Estadual de Souza Fagundes, de Teresina de Goiás, se interessou por conhecer o curso de Engenharia Civil. “É uma área que eu gosto, então, dessa vez pretendo conhecer onde ele fica”, afirmou a jovem que está em sua terceira visita a UFG.

Na acolhida aos estudantes no Museu Antropológico da UFG, antes da saída para as rotas específicas, os jovens foram recepcionados pela gestão superior da Universidade e por diretores das unidades acadêmicas. Na ocasião tiveram acesso às informações sobre as políticas de cotas do governo federal, as políticas de ações afirmativas da UFG, as oportunidades de mobilidade acadêmica na Universidade, e também sobre os cursos oferecidos no Câmpus de Aparecida de Goiânia.

 

Espaço das profissões itinerante
Rayan, de 16 anos, é interessado em Medicina e visitou rota da área da Saúde

 

A pró-reitora adjunta de Graduação, Heliny Carneiro Cunha Neves, representando a reitora Angelita Pereira Lima, falou um pouco sobre os 103 cursos de graduação oferecidos pela UFG e convidou os jovens a aproveitarem a vivência na universidade e o diálogo com a comunidade acadêmica. “Façam perguntas e aproveitem a experiência. A universidade existe por vocês. Sejam bem-vindos, pois serão muito bem recebidos”, disse.

A diretora das Ações Afirmativas da Secretaria de Inclusão (SIN) da UFG, Ana Paula Purcina Baumann, afirmou sobre o prazer em receber os estudantes e apresentou o papel das políticas de ações afirmativas da Universidade. “Há 16 anos temos o projeto UFG Inclui que oferta uma vaga extra em todos os cursos para indígenas, quilombolas e pessoas trans (transsexuais, transgêneros e/ou travestis), quando há demanda. Também para candidatos de escola pública surdos na graduação Letras Libras. E o edital está aberto. Procurem e se informem”, destacou a diretora. Ela também orientou os jovens sobre a política de cotas do ensino superior (Lei 12.711, de 2012). “Quem não se encaixa, há a reserva de 50% das vagas destinadas aos estudantes que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas ou que possuem renda familiar máxima de um salário mínimo por pessoa. E também para pessoas com deficiência. Vocês serão muito bem-vindos pela política de cotas, pelas ações afirmativas e também pela ampla concorrência”, afirmou.

Por sua vez, a assistente social e coordenadora do Serviço Social da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae), Paula Oliveira da Silva, chamou a atenção dos estudantes visitantes para os benefícios estudantis que garantem a permanência na Universidade. “Há bolsas, benefícios nos Restaurantes Universitários (RUs), há as Casas de Estudantes (CEUs) que podem acessar a partir de editais, após o ingresso na universidade. Sabemos que é muita informação para um dia só, então, entrem na universidade e nos procure para conversar e pegar informações na Prae. Ficaremos felizes em ter vocês aqui”, disse.

 

Espaço das profissões itinerante
Sabrine (à esquerda), com a colega Rafaelly, ficou interessada em conhecer o curso de Engenharia Civil

 

Universo acadêmico

A experiência acadêmica de mobilidade internacional, inclusive virtual, foi apresentada pela secretária adjunta de Relações Internacionais da UFG, Maria Cristina Faria Delacorte Ferreira, e pelo coordenador administrativo da Secretaria de Relações Internacionais (SRI), Vinícius Santos Marques. Eles também informaram sobre as oportunidades de trocas culturais no ensino de línguas estrangeiras e no relacionamento com estudantes estrangeiros. 

Os cursos do Câmpus de Aparecida de Goiânia (Engenharia de Transportes, Engenharia de Produção, Geologia, Engenharia de Materiais), assim como o Museu de Geociências, que, desta vez, os estudantes não visitaram, foram apresentados pela vice-diretora da Faculdade de Ciências e Tecnologia, Gradisca de Oliveira Werneck de Capistrano. “Como estamos longe, viemos até vocês para aproximar o que temos de melhor. A UFG tem muitas coisas interessantes. Hoje estão vendo uma parte, mas futuramente podem conhecer de perto os cursos do Câmpus Aparecida”, disse. Os estudantes também foram recepcionados pelo diretor da Faculdade de Farmácia (FF), Luiz Carlos Cunha, e pelo diretor da Faculdade de Ciências Sociais (FCS), Luiz Mello. 

Descobertas

Para Isadora Ramos, de 16 anos, que estuda no Colégio Castelo Branco e mora em Nova Roma, no interior de Goiás, a Olimpíada e o Espaço das Profissões Itinerante representam um processo repleto de descobertas. Ela relata que nunca havia entrado em uma universidade pública e ficou impressionada com o tamanho e as opções de cursos. Durante sua passagem pela Faculdade de Informação e Comunicação (FIC), Isadora interessou-se por fotografia e vídeos, que são novidades para ela.

Carolina Menon, professora do Instituto de Pesquisa e Artes (IP Artes), em Alto Paraíso de Goiás, que acompanhou a turma de estudantes durante a viagem, elogiou a iniciativa. “Acho fundamental, isso mostra aos estudantes da educação básica que há oportunidades além da região em que vivem. Muitos não querem sair de sua cidade, e isso é totalmente válido. Mas é importante mostrar que, se quiserem, eles têm essa possibilidade. Alguns saem, adquirem conhecimento e retornam, fortalecendo suas comunidades com o que aprenderam. Isso é enriquecedor”.

Além do Espaço das Profissões Itinerante, Carolina teve a oportunidade de participar, em uma ocasião anterior, com outros alunos, da edição tradicional do Espaço das Profissões. “Foi uma experiência incrível, especialmente para os alunos da 3ª série do ensino médio, que puderam ver laboratórios e explorar diversas áreas de trabalho”.

Ao chegar ao Câmpus Samambaia, os estudantes foram divididos em rotas para explorar espaços como a Faculdade de Letras (FL), a Faculdade de História (FH), o Instituto de Física (IF), o Instituto de Química (IQ) e outros ambientes. Receber os estudantes da educação básica é fundamental, é um momento em que a universidade pode alcançar alunos que são de outras cidades e não podem vir ao evento principal, como relata Beatriz Maia, aluna de licenciatura em Física, que participou da recepção dos estudantes no Pátio da Ciência.

Durante a visita, ocorreu a apresentação dos experimentos do Pátio da Ciência, que envolveram áreas de Física e Química. Os experimentos foram interativos, permitindo que os alunos pudessem tocar, participar e fazer perguntas aos estudantes da graduação.

Interação autêntica

Raul Lanari, professor da Faculdade de História, destacou a mobilização dos próprios estudantes universitários como uma estratégia essencial para receber os alunos do ensino fundamental e médio. Ele explicou que, quando os próprios estudantes apresentam as atividades de ensino, pesquisa e extensão, a interação se torna mais legítima e autêntica. Segundo Lanari, essa abordagem facilita o diálogo, permitindo que os visitantes compreendam melhor as oportunidades acadêmicas e profissionais oferecidas, além de verem, de forma prática, como a universidade funciona e como o conhecimento pode ser aplicado em diversas áreas.

Raul observa que receber os estudantes do ensino fundamental e médio na UFG é uma oportunidade importante para aproximá-los da universidade, desmistificando a ideia de que esse ambiente não é acessível para eles. Ele ressaltou que a universidade existe para acolher esses jovens, permitindo que eles vejam de perto como o ensino, a pesquisa e a extensão funcionam, além de ajudá-los a entender que a universidade faz parte da sociedade e está aberta para todos.

 

Espaço das profissões itinerante
Heliny Neves: "façam perguntas e aproveitem a experiência. A universidade existe por vocês"

 

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Grupo assiste a apresentação no Pátio da Ciência, que envolveram áreas de Física e Química

 

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Graduandos foram mobilizados para receber visitantes e tornar interação mais autêntica

 

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Fonte: Secom UFG

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