Trabalho integrado para fortalecer o Ensino
Avaliação Institucional foi o tema de abertura da 10ª Semana de Planejamento da UFG
Texto: Caroline Pires
Fotos: Evelyn Parreira
Visando o fortalecimento do Ensino na Universidade Federal de Goiás, gestores e docentes se reuniram para pensar a “Avaliação Institucional e o fomento a qualidade do Ensino”. O evento, que já tradicional na universidade, foi realizado hoje, 11/3, e contou com a presença de diretores de unidades acadêmicas e coordenadores de curso, além de grande expressiva participação de gestores da universidade. Nesta 10ª edição, o evento promoveu o aprofundamento do tema da avaliação institucional, apresentando uma retrospectiva com os principais dados do ano de 2023 e detalhando o processo de reconhecimento e avaliação dos cursos de graduação. Confira a galeria de fotos.
O pró reitor de Graduação da UFG, Israel Trindade, frisou que nesse ano a Universidade irá passar pelo seu recredenciamento. “Além disso, 38 cursos de graduação passarão por avaliação. Por isso, se torna ainda mais necessária a participação de todos, para que nossos cursos continuem obtendo resultados cada vez maiores e melhores”, afirmou. Ressaltando essa necessidade da articulação entre ensino, pesquisa, extensão e pós-graduação, a pró reitora adjunta de graduação Heliny Carneiro, destacou que a universidade “é um locus de saber e que o diálogo entre as várias áreas é fundamental”, defendeu.
Reitoria frisou que o Ensino é a prioridade na Universidade, e que impacta de maneira relevante as demais áreas
Reconhecendo o trabalho realizado pelas gestoras e gestores das unidades acadêmicas e da Prograd, a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, considerou que a escolha do tema é muito pertinente. “Queremos dar ao Planejamento todo o prestígio que merece, para que ele saia do campo do burocrático e impacte diretamente a vida de todos nós”, considerou a reitoria. Segundo ela, as excelentes avaliações que a universidade têm recebido são graças a um autêntico trabalho integrado de várias frentes. “Isso tudo serviu para que acumulássemos expertise para que possamos passar pelo processo de recredenciamento da UFG em 2024 com êxito”, afirmou. De acordo com a reitora, as estruturas criadas na instituição, por meio compartilhamento de problemas e soluções e da solidariedade consigo mesma, é a base para que se colha os resultados de todo o trabalho que vêm sendo realizado. A reitora lembrou que na sexta-feira, 15/3, haverá um Conselho Universitário extraordinário para que continuem sendo apreciadas as Diretrizes para o Ensino da Graduação na UFG, visando a reformulação do Regulamento Geral dos Cursos de Graduação (RGCG), com o objetivo de dar as rotinas administrativas um fluxo melhor, tanto para servidores quanto para estudantes.
Paulo Henrique Cirino, presidente da CPA, apresentou dados da última Avaliação Institucional da UFG
Por fim, a reitora reafirmou o compromisso de que 100% das vagas das universidade sejam ocupadas no primeiro semestre. “Alcançamos 95% no último semestre, mas vamos continuar perseguindo esse objetivo. No dia 14/3 já se iniciam as inscrições para o Edital Complementar. Nossa prioridade é a Graduação, e mesmo sem desmerecer outras áreas, reforço esse objetivo para evitar qualquer tipo de anomalia”, concluiu a reitora.
Retrospectiva 2023
O presidente da Comissão Própria de Avaliação, Paulo Henrique Cirino, iniciou sua fala afirmando que a média de participação discente na avaliação institucional é em média de 18 a 20%. Segundo ele, apesar de ser um número expressivo como amostra, ainda é preciso avançar para conseguir traçar parâmetros mais específicos sobre a comunidade acadêmica. Já entre os docentes, em média 1/3 respondem a avaliação, e, entre os servidores técnico administrativos, se alcança o percentual de 40%.
O presidente apresentou que entre a comunidade universitária, os pontos mais bem avaliados são as ações de inclusão, atividades acadêmicas, infraestrutura do Sistema de Bibliotecas e os canais de comunicação da UFG. Como pontos de melhoria, são comuns os apontamentos quanto a infraestrutura, limpeza e conservação das dependências. Na pós-graduação, as melhores avaliações são para os Projetos Pedagógico dos Programas e qualidade do corpo docente. Entre os pós graduandos, o ponto de melhoria compartilhado também se refere à infraestrutura. “Um alerta da CPA para a pós-graduação foi o percentual de que 51% dos estudantes já pensaram em abandonar seus cursos e que de cada dez, seis tem dificuldades com línguas estrangeiras”, compartilhou o professor. Paulo Cirino ressaltou os excelentes conceitos dos cursos que foram avaliados no último ano. “Em quase todos os cursos nossos estudantes tiveram desempenho no Enade muito superior do que os dos demais cursos de graduação do país”, afirmou. Ele ainda apresentou como os professores podem consultar e utilizar os diferentes filtros para melhor percepção da avaliação institucional por área.
Em seguida, Hugo Genú, secretário adjunto de planejamento apresentou como funciona a regulação de cursos de graduação e os critérios e conceitos relativos a avaliação das instituições. Segundo ele, o processo completo abarca a avaliação da instituição, dos cursos e dos estudantes. “Nesse ano nós iremos passar pelo recredenciamento e estamos esperando o conceito 5, que é o máximo possível. Estamos trabalhando para isso”, pontuou.
Comissão de Avaliação Institucional na UFG
Sendo pioneira na avaliação institucional, a UFG completa 30 anos de trabalho em 2024. A Comissão Própria de Avaliação (CPA) hoje é composta por servidores, docentes e técnico administrativos, com o objetivo de “conscientizar toda a comunidade não só para participar, mas para tomar posse desse planejamento”, resumiu Liana Jaime.
Além de toda a reestruturação do planejamento, a equipe também recebe avaliadores do INEP e trabalha para que cada vez mais a avaliação tenha impacto na comunidade acadêmica. A professora apresentou o projeto de CPA Itinerante, com o agendamento de visitas nas unidades acadêmicas e cursos de graduação com o objetivo de realizar atendimento específicos para as necessidades de cada um. Vale lembrar que no analisa.ufg.br há uma série de painéis que podem ser visitados e problematizados por todos.
Jonas Xavier, professor do IPTSP e do projeto Musiversidade, abriu os trabalhos da tarde com um repertório variado
"Planejamento é algo que influencia o dia-a-dia das pessoas e não apenas uma ação isolada", defendeu a reitora
Israel Trindade, agradeceu nominalmente as unidades acadêmicas que participaram do evento
Fuente: Secom/UFG