_MG_5255.jpg

Criação de vagas para pessoas trans é discutida na Câmara de Graduação

On 26/02/24 16:45 .

Alteração no Programa UFGInclui será debatida ainda no Cepec e deliberado no Consuni

Texto: Caroline Pires

Fotos: Carlos Siqueira

Dando início a um momento histórico na Universidade Federal de Goiás (UFG), a Câmara de Graduação da UFG se reuniu na segunda-feira (26/2) e foi apresentada a minuta que altera a resolução do Conselho Universitário 98/2021, que dispõe sobre o Programa UFGInclui. A alteração da proposta dispõe sobre o Programa UFGInclui, com o objetivo de garantir uma vaga extra nos cursos de graduação da Universidade para pessoas trans (transexuais, transgêneras ou travestis), em vulnerabilidade social e que tenham cursado ensino médio em escolas públicas. A alteração será levada para discussão no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepec) e, em seguida, deliberado pelo Conselho Universitário (Consuni), que é o colegiado a quem cabe aprovar ou não alterações relativas aos cursos de graduação da Universidade. Todos os coordenadores de cursos de graduação da UFG foram convidados para participar desta reunião inicial.

 _MG_5271.jpg

Pró-reitor de Graduação, Israel Trindade, lembrou que a UFG tem um histórico de ações de inclusão

 

O pró-reitor de Graduação da UFG, Israel Elias Trindade destacou que o objetivo, nesse momento inicial, foi trazer o tema para a discussão aberta na câmara. Segundo ele, a UFG tem sido referência nacional por ser uma instituição inclusiva. “Muito antes da Lei de cotas a UFG criou vagas extras nos cursos de graduação para indígenas, quilombolas e de surdos para o curso de Letras Libras, isso em muito nos orgulha”, destacou. Segundo o pró-reitor, a universidade vem tomando decisões acertadas e de atuação na vanguarda para a inclusão em universidades públicas.

Representando o Coletivo Xica Manicongo, Larissa Engelmann, fez a sustentação oral sobre a demanda dos estudantes Trans. Segundo ela, é urgente se pensar a dignidade humana para pessoas trans, especialmente dentro da universidade. “No Brasil as pessoas trans têm uma alta dificuldade em concluir seus estudos. Hoje nós precisamos de um aceno da ordem da humanização de nossos corpos”, defendeu. Larissa entende que, para além das vagas, é necessário garantir a permanência daqueles que já estão nos cursos de graduação da universidade. “Apreciamos o que está sendo construído até aqui e vamos seguir até o Consuni, priorizando esse momento político e histórico”, considerou.

Israel Trindade defendeu que a Universidade não pode estar alheia e precisa estar atenta também para essa questão, que mais do que acadêmica, é social. Em seguida, coube ao secretário adjunto de Inclusão da UFG, Pedro Cruz, a apresentar a minuta da resolução que altera a resolução Consuni, que dispõe sobre o Programa UFGInclui, documento que será deliberado pelo Conselho Universitário.

Em seguida, a discussão foi aberta para os componentes da Câmara de Graduação, que ressaltaram a relevância e a urgência dos encaminhamentos sobre o tema.

 _MG_5276.jpg

Representantes do Coletivo Xica Manicongo participaram da Câmara de Graduação

Quelle: Secom/UFG

Kategorien: Notícias Noticias