UFG realiza cerimônia de premiação da Olimpíada Nacional de Ciências

Texto: Luiz Felipe Fernandes
Fotos: Carlos Siqueira e Júlia Barros

Estudantes, familiares e professores se reuniram na noite da última quinta-feira (1º/2) para celebrar os resultados alcançados na edição 2023 da Olimpíada Nacional de Ciências (ONC). A cerimônia de premiação foi realizada no Centro de Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, no Câmpus Samambaia da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Cerca de 215 estudantes dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas e privadas de Goiás receberam medalhas de ouro, prata e bronze. Professores também foram homenageados. Mais de 700 pessoas acompanharam a cerimônia no Centro de Eventos.

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Interdisciplinar

A ONC integra o ecossistema de olimpíadas do conhecimento. É a única competição desse tipo no Brasil que tem caráter interdisciplinar, reunindo diversas áreas, como Biologia, Química, Física, Astronomia e História. Em 2023 o tema foi "As ciências na era da inteligência artificial".

"São estes os futuros cientistas do Brasil, os futuros profissionais da educação, e a certeza para nós é a de que a chama olímpica não se apagará", comemorou o coordenador da ONC em Goiás, Renato Cândido, durante a cerimônia, ressaltando a importância de eventos que envolvam a juventude brasileira.

Renato, que também é coordenador de Popularização da Ciência da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da UFG, destacou o aumento de 31% no número de inscritos entre as edições 2022 e 2023 da ONC, passando de 63 mil para 103 mil participantes. Isso faz da cerimônia de premiação de Goiás um das maiores do Brasil, com respaldo da Associação Brasileira de Química (ABQ).

"Lembro que a ONC desenvolve diversas ações de inclusão e não é um prova e sim um programa diversificado com intuito de auxiliar na formação dos professores e alunos", ressasltou.

O coordenador também leu uma carta da chefe da Assessoria do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia do MCTI, Denise Carvalho, dirigida aos participantes. "Desejo que a transformação de suas vidas pelas ciências perdure muito além deste emocionante momento e aqui se inicie uma bela jornada de desenvolvimento de talentos para o bem de nosso Estado, de nosso país, das famílias de cada participante e que daqui floresçam dias melhores para todo o nosso povo".

 

A pró-reitora de Extensão e Cultura, Luana Ribeiro, ressaltou que as olimpíadas do conhecimento são um projeto de extensão, eixo que caracteriza o dever da Universidade de criar um elo com a sociedade.

Nesse sentido, Luana reforçou o compromisso da UFG com as olimpíadas e a importância do contato entre a Universidade e as escolas. "A olimpíada não é só uma competição: é um esforço coletivo e saúdável que nos mobiliza para o conhecimento", disse.

 

Comprometimento

Esse comprometimento também foi evidenciado na fala do coordenador nacional da ONC, Jean Catapreta. Ele afirmou que a UFG é referência nacional e lembrou aos presentes a importância da conquista, tendo em vista o grande número de participantes – 4 milhões em todo país.

Jean, que também é presidente da Associação Brasileira de Química (ABQ), ressaltou a participação das escolas públicas, que representam 65% dos premiados – aproximadamente 13 mil estudantes, sendo metade do sexo feminino. Conforme adiantou o coordenador, o tema da ONC de 2024 é justamente a participação das mulheres na ciência.

 

A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, parabenizou os medalhistas e estendeu a menção honrosa a todos os inscritos, destacando a participação de estudantes de mais de 100 municípios goianos.

Em seu discurso, Angelita elencou os fatores que fazem a UFG apoiar as olimpíadas. "Esse programa de extensão nos aproxima das escolas e, consequentemente, de vocês estudantes. Queremos recebê-los aqui ao longo de sua formação superior, especialmente neste Centro de Eventos, que é o lugar onde são feitas as matrículas, no início do curso, e a colação de grau, no final".

 

Além disso, segundo a reitora, o Brasil precisa de cientistas em todas as áreas do conhecimento – engajados e comprometidos com os projetos de desenvolvimento do Brasil, com a reudução das desigualdades e com a superação dos desafios, "não só os teóricos, mas os problemas reais da vida das pessoas".

Angelita finalizou dizendo que o apoio às olimpíadas se dá pela crença na força da juventude e dos processos formativos nas escolas. "Nós apoiamos porque as olimpíadas ensinam a estudar em equipe, a enfrentar desafios coletivamente. E ensinam os professores a ensinarem. É um ação completa do ponto de vista da aprendizagem".

 

Premiação

Em seguida, foi feita uma homenagem aos professores e foram entregues as medalhas de ouro, prata e bronze aos estudantes. Entre os premiados estava Gustavo Lopes de Almeida, de 17 anos, do Colégio Estadual Dom Prudêncio, da cidade de Posse (GO). Participante assíduo de olimpíadas do conhecimento, ele afirmou sua preferência pela ONC justamente pelo fato de ser mais abrangente.

O estudante foi à cerimônia acompanhado da mãe, Lina Aparecida Lopes, e da gestora pedagógica da escola, Ana Maria Santos. Lina falou da importância do incentivo familiar, mas fez questão de ressaltar o empenho e o interesse do próprio estudante.

Ana Maria contou que a escola sempre procura divulgar as olimpíadas e incentivar a participação dos estudantes, no que tem resultado em várias premiações. "Acreditamos no potencial dos nossos estudantes", afirmou.