seminário permanência indígena

Seminário discute permanência de estudantes indígenas

Sur 18/04/23 16:41.

Proposta é ouvir demandas dos discentes para a gestão da Universidade pensar em soluções 

Pensar formas de melhorar a inclusão e permanência de estudantes indígenas ouvindo quem vive essas experiências: os próprios estudantes indígenas. Essa é a proposta do Seminário Ingresso e Permanência de discentes indígenas na UFG realizado no dia 18 de abril pela Secretaria de Inclusão da Universidade Federal de Goiás (SIN UFG) em parceria com o Núcleo Takinahakỹ. A proposta do evento era acolher os estudantes indígenas em suas especificidades, escutar suas demandas e também discutir possíveis soluções para elas. Entre os participantes estavam o pró-reitor de Graduação (Prograd), Israel Elias Trindade, que representou a Reitoria, a secretária de Inclusão Luciana Dias e a diretora de Desenvolvimento e Acompanhamento da Docência da Prograd, Amone Inácia.

 

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Professores do Núcleo Takinahakỹ e membros da SIN organizaram o evento de acolhida (Fotos: Júlia Barros)

 

A proposta é realizar outras reuniões ampliadas, mas também debates internos nas unidades destacando diversas temáticas que interessam aos estudantes indígenas na garantia de seu ingresso e permanência na UFG. O professor Arthur Ângelo Bispo do Núcleo Takinahakỹ destacou que o seminário é mais uma tentativa de dar voz aos indígenas, bem como aos professores que trabalham a temática: “Sempre é possível aprender com os indígenas como trabalhar suas demandas”, afirmou. A professora do Núcleo, Aline da Cruz também lembrou das diversas especificidades do Núcleo Takinahaky e como ainda há um longo caminho para considerar essas especificidades nas estruturas de gestão da universidade. Luciana Dias destacou que o debate tem ampliado e que a UFG faz muito pela inclusão, sendo pioneira entre as universidades nesses processos, no entanto, sempre é possível fazer mais e melhorar essas ações.

 

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Diversos eventos devem ser realizados ao longo do semestre sobre a permanência dos indígenas na UFG


A proposta do seminário era realizar diversos painéis temáticos que terão continuidade em outros eventos. A proposta é que em julho seja realizado novamente uma reunião maior com os estudantes. Neste primeiro seminário, a temática foi o Painel de desempenho acadêmico. O pró-reitor de Graduação em sua fala adiantou que estão sendo pensadas alternativas específicas para estudantes indígenas e quilombolas e também outros estudantes da universidade com relação ao edital de exclusão.

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Participação estudantil é essencial para os debates


O debate trouxe dois estudantes que passaram por processos de exclusão na UFG: o estudante indígena Bruno Kambeba e Rafaella Karajá, também estudante indígena, que se formou recentemente em Direito. Os dois apresentaram suas histórias e o quanto tiveram dificuldades para a permanência na instituição. Rafaella destacou que há diversas questões que precisam ser consideradas: o preconceito, a dificuldade linguística e de entendimento, o adoecimento mental ao entrar em contato com esses problemas dentro da instituição, entre outros. Após os relatos, membros da Prograd e da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil também orientaram os estudantes sobre alguns cuidados necessários para evitar processos de exclusão e interrupção de benefícios como as bolsas. Mesmo com esses cuidados foi destacada a necessidade de se prever em documentos da universidade especificidades sobre o tempo de permanência desses estudantes na UFG.


Para outros seminários que serão posteriormente marcados e divulgados serão tratados temas como: assistência estudantil, reconhecimento de saberes e processos seletivos.

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Rafaella Karajá foi uma das estudantes a relatar sua experiência de permanência na UFG

 

Source: Secom UFG

Catégories: Notícias SIN Prograd