4o_Colóquio_PRPG_2022

Conferência aborda caminhos para elevar excelência da pós-graduação

Sur 19/12/22 11:18.

4º Colóquio de Avaliação do Sistema de Pós-Graduação na UFG volta ao presencial depois de 2 anos realizado remotamente

Após dois anos de realização de forma remota, o 4º Colóquio de Avaliação do Sistema de Pós-Graduação na UFG retorna à programação presencial, reforçando o compromisso firmado desde a primeira edição: refletir sobre os resultados obtidos pela pós na Universidade e projetar os objetivos e estratégias a serem implementados. Considerando também que em 2022 os resultados da Avaliação Quadrienal da Capes foram divulgados, o evento marca um período oportuno, no qual é possível traçar uma visão crítica e minuciosa sobre o quadriênio 2017-2020 e orientar o processo de tomada de decisão dos gestores da pós para o início do próximo ciclo.

 

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O colóquio reuniu, durante os dias 12 e 13 de dezembro de 2022, coordenadores e vice-coordenadores de programas e cursos, técnicos administrativos, docentes e diretores de unidade acadêmica. O cronograma de atividades teve como fio condutor o embate entre desafios a serem superados pela pós-graduação e as ferramentas e decisões capazes de auxiliar os gestores nessa missão. 

 

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A seleção dos convidados perpassou a necessidade em ampliar a perspectiva sobre a pós, trazendo uma perspectiva ampla e também a importância de observar a estrutura interna e o que tem sido feito em termos de êxitos e ganhos nesses quatro anos. Ou seja, os palestrantes englobam agentes atuantes no próprio contexto da UFG e também advindos de outras universidades do País, tais como a Federal da Bahia e o Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. 

O primeiro dia de evento contou com a participação do presidente da Comissão de Elaboração do Plano Nacional de Pós-Graduação 2021 - 2030, Esper Abrão Cavalheiro, e dos avaliadores de área da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Márcia Zebina Araújo da Silva (UFG) e Edson Fernando Dalmonte (Universidade Federal da Bahia), ambos pertencentes ao colégio Humanidades, nas áreas de, respectivamente, Filosofia e Comunicação. 

 

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O segundo dia contou com palestra ministrada pelo pró-reitor de Pós-Graduação da UFG, Felipe Terra Martins, o ex-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Direito e Políticas Públicas (PPGDP-UFG), Saulo de Oliveira Pinto Coelho, e o titular da Secretaria de Tecnologia e Inovação (Seti/UFG), Leandro Luís Galdino de Oliveira. Em um segundo momento, para discutir a importância da comunicação enquanto ferramenta e mecanismo de visibilidade, palestraram o doutorando do Instituto Osvaldo Cruz (IOC/Fiocruz/RJ) e jornalista técnico-administrativo em educação da Secretaria de Comunicação (Secom) da UFG, Luís Felipe Fernandes Neves, o professor do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGADM/UFG), Ricardo Limongi França Coelho, e a coordenadora de comunicação da PRPG, Marina Roriz. 

 

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A palestra da presidente da Capes, Cláudia Mansani Queda de Toledo, foi o destaque do último dia de evento, sendo que esta contou também com a participação de outro convidado para abordar as perspectivas para a gestão da pós nos próximos anos, o diretor de Avaliação da Capes, Sergio Oswaldo De Carvalho Avellar.

A temática central que deu início à discussão fomentada ao longo dos dois dias engloba três problemáticas apresentadas por Esper Abrão Cavalheiro, o fomento e a relação da pós com o setor produtivo e a sociedade, a internacionalização e o futuro dos egressos e ingressantes. Os três temas em questão estão sendo tratados atualmente na construção do PNPG 2021-2030 e compreendem tópicos de grande relevância para o País. Esper abordou a urgência em torno do quesito empregabilidade, visto que este não é o objetivo principal da pós-graduação, a ausência de uma agenda nacional de pesquisa, desenvolvimento e inovação e a necessidade de instituir processos de coleta de dados sobre internacionalização nas instituições de ensino superior.

Seguida à explanação sobre os obstáculos que entravam a excelência da pós-graduação nos diversos programas de mestrado e doutorado do Brasil, o debate estabelecido pelos avaliadores de área da UFBA e da UFG, apontou e sugeriu formas de elevar os conceitos atribuídos à programas com nota 3, 4, 5 e 6 e àqueles que já alcançaram a classificação máxima, foram tratados os esforços que podem ser empreendidos para mantê-la. Edson Fernando Dalmonte enfatizou o que então ganha centralidade à Avaliação - proposta, formação e as diversas esferas de impacto (social, econômico e cultural) - e a importância de observar a estrutura interna do programa e tratar a ficha de avaliação como um documento norteador. 

Além das decisões estratégicas apresentadas pelos avaliadores, o uso de dados para otimizar e aprimorar os processos administrativos dos gestores foi a pauta tratada pelo pró-reitor de Pós-Graduação, Felipe Terra Martins e pelo Leandro Luís Galdino de Oliveira. A fala do pró-reitor acerca da ferramenta Stela Experta PG dá ênfase à potencialidade da plataforma para monitorar a produtividade técnico-científica e a performance dos PPGs. De forma complementar, o secretário da Seti reitera a importância do uso de dados a partir da experiência com a plataforma Analisa UFG, a qual possibilita a visualização de uma série de painéis de indicadores com informações específicas e que outrora eram inacessíveis ou desatualizadas.  

Ciente da importância desse diagnóstico - possível somente a partir da análise de dados e de uma visão estratégica sobre estes, Saulo de Oliveira Pinto Coelho soma à discussão os conhecimentos e aprendizados obtidos frente à gestão do Programa de Pós-Graduação em Direito e Políticas Públicas. Embora tenha uma trajetória recente, o programa conta com conceito 4 e está de tal forma alinhado que, conforme expressado pelo ex-coordenador do PPGDP, não está ciente apenas daquilo que busca alçar nas próximas avaliações da Capes, mas desde a sua criação esteve consciente do que não queria ser ou vir a se tornar, evitando afastar-se assim da sua identidade e planejamento traçado. 

Durante a argumentação exposta por Saulo sobre os pontos fortes do PPGDP, um ponto em comum tanto à fala de Esper Abrão Cavalheiro, quanto à palestra voltada à comunicação estratégica, foi o da a importância de transpor os “muros intelectuais”, de não se restringir às revistas científicas e ao âmbito acadêmico. A explanação da professora Marina Roriz quanto às ações empreendidas pela PRPG para dar visibilidade aos cursos e programas da UFG, e as falas de Ricardo Limongi quanto à experiência aplicada ao PPGADM e o MBA em Marketing Estratégico e a atuação do projeto Visibilidade exposta pelo doutorando Luís Felipe Fernandes, convergem no sentido da urgência em comunicar e mostrar o que é feito na pós-graduação para fora dos muros da Universidade. 

Além das discussões e problemáticas debatidas, o encerramento do evento concluiu esta edição com a exposição de algumas das novidades que serão implementadas no próximo ano pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação. Entre elas se destaca a criação do “Prêmio Pós”, com o objetivo de englobar as modalidades lato e stricto sensu, com os níveis de mestrado e doutorado, especializações e residências, visando selecionar e premiar as melhores teses, dissertações e trabalhos de especializações e residências da UFG. Conforme expressou o pró-reitor, o objetivo é seguir os moldes do Prêmio Capes de Tese, mas dar reconhecimento a todas as formas de pós e não apenas ao doutorado.

Source: PRPG

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