Universidade homenageia mais de 70 colaboradores do período 1958-1965

 

Texto: Versanna Carvalho 

Fotos: Carlos Siqueira 

São muitos os caminhos para a construção de uma Instituição grande e forte como é a Universidade Federal de Goiás (UFG). Para chegar aonde a UFG está agora, foi preciso contar com a colaboração de várias pessoas ao longo dos anos. Na quarta-feira (14/12), dia em que a UFG completa 62 anos, foi realizada a "Solenidade de aniversário da UFG - homenagem aos que abriram caminhos para uma grande UFG", no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, no Câmpus Samambaia, em Goiânia. Clique aqui para ver as fotos do evento.

A iniciativa é uma forma de reconhecimento à dedicação de docentes e técnicos administrativos que trabalharam nas faculdades que deram origem à Universidade e durante os primeiros anos da Instituição. A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, explica que uma comissão coordenada pelo ex-reitor Edward Madureira realizou uma consulta a cadastros e identificou pessoas que trabalharam na UFG entre os anos de 1958 a 1965. Mais de 70 pessoas desse grupo confirmaram presença. "Nós as estamos recebendo para que sejam homenageadas e reconhecidas pelo papel cumprido para tornar a UFG no que ela é hoje".

 

Os ex-reitores e ex-reitoras também foram distinguidos pelo trabalho realizado ao longo de mais de seis décadas. "Ao receber esses ex-reitores estamos completando esse ciclo de fundação da UFG que envolve trabalhadores, intelectuais e os dirigentes", explica Angelita. O grupo de ex-reitores que fizeram parte da solenidade foram Maria do Rosário Cassimiro, Ary Monteiro do Espírito Santo, Milca Severino Pereira, Orlando do Valle Amaral e Edward Madureira.

A reitora comenta que, segundo relatos do professor Edward, as pessoas se emocionavam com a perspectiva da homenagem desde a hora em que recebiam o convite para o evento. "Essa é uma cerimônia para recontar a história da Universidade, passando pela fundação do jornal 4º Poder, do Centro de Estudos Brasileiros (CEB), da imprensa universitária e da Rádio Universitária. Tudo isso em 1962, quando a UFG tinha apenas 2 anos, e celebrar o que ela é hoje com as pessoas que fizeram parte desses momentos históricos". 

 

 

Para a reitora, este 14 de dezembro "é uma data ímpar, uma celebração absolutamente singular e que tem como tema a democracia. Tudo isso nos permite relembrar que estamos de fato comemorando o papel da Universidade naquele momento, tudo o que foi feito em nome ou no processo de fortalecimento da democracia no Brasil. Goiás não ficou de fora e a UFG foi fundamental para esse processo". 

Tripé

O aposentado Julio Praxedes Neto falou em nome dos técnicos administrativos. “É uma honra fazer parte deste tripé que sustenta a Universidade: docentes, discentes e técnicos”. Ele conta que começou a trabalhar na UFG em 1965, quando estava com 19 anos como ajudante de pedreiro. Julio conciliou o trabalho com os estudos, fez o segundo grau e depois o curso de Engenharia na UFG. Permaneceu na Instituição até 1997, quando se aposentou.

Os professores foram representados por Vera Maria de Moura Almeida. “Vimos a Universidade crescer e prosperar, propiciando também o nosso próprio crescimento individual”, comenta Vera. 

 

 

Todos esses pioneiros receberam uma obra da professora da Faculdade de Artes Visuais (FAV), Adriana Mendonça. O quadro traz a imagem de um ipê amarelo, representando a força, resiliência e alegria. 

Edward Madureira observa que, “reconhecer essas pessoas, que de forma explícita ou anônima, com seu labor e dedicação intensa, nos melhores anos de suas vidas, viabilizaram essa utopia [que é a UFG], é o mínimo que podemos fazer”. Na opinião do professor, “a Universidade foi, é, e sempre será construída por pessoas idealistas”.

Saiba mais

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