UFG mobiliza Ipes de Goiás para reverter novo bloqueio orçamentário
Ação conjunta visa alterar cenário atual, que inviabiliza funcionamento pleno das instituições
Texto: Augusto Araújo
Foto: Murilo Ferraz
No início da tarde desta sexta-feira (7/10), a reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Angelita Pereira de Lima, anunciou que foi feito um chamamento para as instituições públicas de ensino superior do Estado de Goiás (Ipes-GO) se reunirem e discutirem uma ação coletiva, visando reverter os bloqueios orçamentários impostos pelo governo federal, divulgados na última quarta-feira (6/10).
O anúncio foi feito durante o 8° Conselho de Ensino, Pesquisa, Extensão e Cultura (Cepec) de 2022. A gestora da UFG afirmou que a ideia é reunir, na próxima segunda-feira (10/10), os reitores de todas as Ipes de Goiás - sendo elas a própria UFG, a Universidade Estadual de Goiás (UEG), Instituto Federal de Goiás (IFG) e Instituto Federal Goiano (IF Goiano) e as universidades federais de Jataí (UFJ) e de Catalão (UFCat) - para organizar uma ação conjunta e tentar alterar esse cenário, que inviabiliza o funcionamento pleno das instituições.
“Se não tivermos êxito nas pressões que estamos fazendo para reverter o bloqueio neste mês de outubro, ficará cada vez mais difícil a possibilidade de execução orçamentária. A situação é muito grave e, no caso da UFG, o caixa para custeio está zerado”, declarou.
Angelita também afirmou que, em reunião com o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFG e a União Estadual dos Estudantes de Goiás (UEE-GO), foram definidas outras atividades de mobilização para a próxima semana.
“No dia 13/10, o DCE e a UEE estão chamando entidades para uma reunião de organização. Além disso, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) declarou um estado permanente de mobilização, ou seja, a cada dia nós iremos realizar alguma atividade relativa a essa pauta de defesa das universidades e desbloqueio de recursos”, explicou.
A reitoria da UFG pontuou também que, além de desbloquear os recursos, o objetivo das ações é retomar a pauta de suplementação orçamentária, uma vez que os recursos destinados para a manutenção da Universidade já eram insuficientes.
“Não podemos dizer se a Universidade vai parar ou não. O que podemos dizer é que vamos trabalhar para que não pare. Essa é nossa meta. Agora, nós temos que ir avaliando a conjuntura, dia após dia, para definirmos nossas ações, além de buscar articulações com lideranças políticas que tenham alguma possibilidade de interferir nesse cenário”, concluiu.
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Fonte: Reitoria Digital