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Simpósio discute direitos das crianças no Brasil atual 

Em 23/08/18 14:07.

Atividades do IV Simpósio Luso-brasileiro de Estudos da Criança seguem até amanhã com extensa programação 

Texto e fotos: Caroline Pires 

 

O auditório da Faculdade de Educação da UFG ficou lotado na atividade da manhã de hoje, 23/8, durante IV Simpósio Luso-brasileiro de Estudos da Criança. O painel temático reuniu as professoras Patrícia Lima, da Universidade Federal de Santa Catarina, Rosângela Franscischini, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e Ivone Barbosa, da Faculdade de Educação/UFG. O objetivo foi traçar um panorama sobre as dificuldades e desafios da pesquisa sobre a infância e dos estabelecimentos de direitos das crianças no Brasil. O painel foi conduzido pela professora Sônia Maria Mello Neves (PUC Goiás).

As professoras destacaram que o país está passando por um momento pouco favorável para a educação e a defesa dos diretos das crianças. Segundo as participantes é preciso que, especialmente as instituições de ensino superior se posicionem. Patrícia Lima iniciou os trabalhos lembrando sua trajetória enquanto pesquisadora e dizendo do momento atual em que as universidades se encontram e o papel político que as instituições de educação devem cumprir. Segundo ela, pensar sobre os direitos das crianças e o papel da pesquisa científica, nesse contexto, passa pela necessidade de posicionamento das instituições em prol dos objetivos democráticos 

A professora ainda relembrou sua trajetória como pesquisadora e reforçou o quanto essa experiência dialoga com sua formação docente. “No trabalho que realizava nas ruas, desde a graduação,  eu fui me perguntando sobre os modos de construção e as maneiras com que podemos pensar a infância”. Em meio a diversos referenciais teóricos, a professora destacou a perspectiva da etnografia nos contextos não formais de Educação, o que reforça a importância do pesquisador não só compreender a vivência infantil a partir da teoria, mas respeitar e enxergar a forma como as crianças organizam suas vidas e práticas.  

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O auditório da Faculdade de Educação ficou lotado para acompanhar o Painel Temático

 

Já a professora Ivone Barbosa destacou que a universidade pública brasileira está historicamente ligada a raízes neoliberais, o que acaba por resultar em uma série de consequências que não são positivas no que se refere a diretos das crianças. Segundo ela, especialmente a área de educação infantil é usualmente olhada com desânimo também por parte de alguns segmentos da academia. O que vivemos é uma fragmentação que nos leva a acha que alguns fazem ciência e outros não”, concluiu a professora. 

 

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As atividades tiveram início com a apresentação cultural com o grupo Os menestréis

 

Fonte: Secom/UFG

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